Finalmente, depois de
percorrer teus infinitos campos abertos, posso tomar tuas mãos quando a
escuridão alcança nosso quarto.
E, entre lençóis claros
descobrir, uma a um, os traços de teu sorriso.
Depois da distância
incalculável e dos desassossegos da espera, confortar-me no teu silêncio
matutino.
Enfim, podemos abrir nossas
janelas para as montanhas, acariciar os cães e nos salvar nos horizontes claros
da entrega.
Agora o portão se fechou.
Mas cá, onde as noites entregam estrelas e desejos, as tardes podem, enfim,
amarelarem-se de girassóis.
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