6/08/2018

Encontro





        Finalmente, depois de percorrer teus infinitos campos abertos, posso tomar tuas mãos quando a escuridão alcança nosso quarto.
        E, entre lençóis claros descobrir, uma a um, os traços de teu sorriso.
        Depois da distância incalculável e dos desassossegos da espera, confortar-me no teu silêncio matutino.     
        Enfim, podemos abrir nossas janelas para as montanhas, acariciar os cães e nos salvar nos horizontes claros da entrega.
        Agora o portão se fechou. Mas cá, onde as noites entregam estrelas e desejos, as tardes podem, enfim, amarelarem-se de girassóis.
               

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