1/27/2005

biografia VII – estrangeiro


da beira
rio ao rés das
montanhas do calor
ardente aos ventos
do vale frio meu corpo de
menino pronto se
acostumou

minhas retinas úmidas
jamais

2 comentários:

soledade disse...

Tão bonita e doída a expressão da perda da paisagem da origem. O olhar não se ancora, nunca mais. E deriva, húmido - bela, a última estrofe.
Beijo

Silvia Chueire disse...

É um belo poema. O exílio e a determinação.É mesmo um belo poema.

Beijos,
Silvia