1/25/2005

remorso

remorso

já foi grande esta
dor esparramava-se por todo
corpo nada
perdoava

agigantava-se perseguia
me não
me largava
nunca

ontem de manhã ela
me deixou

4 comentários:

Amélia disse...

Bem- vindopoeta e amigo.Está já muito bem - e começaste com um belo poema. Beijo

soledade disse...

O remorso é talvez a pior das dores, a do irremediável, a perda corrosiva de algo íntimo, dos olhos com que nos contemplámos a nós-mesmos. É um estar centrípeto: "me", "me", insiste o poema, jogando com o pronome pessoal e as quebras, e o Eu não sai do círculo (essa 2ª estrofe...). Ou sai? Quem "me deixou"?
Beijo, sorrindo

Adair Carvalhais Júnior disse...

o Eu não sai não - nunca !
E esta dor tá aí, vai e volta como a segunda estrofe.

Beijão

Adair
========

Silvia Chueire disse...

Leio o poema e assisto aos comentários. E é bem bom fazê-lo. : )
Beijos,
Silvia