6/17/2007

desamparo


e como não havia mais

palavras nutri me dos céus de

brasília do sangue

escuro de ouro

preto

teus silêncios refizeram se em meus

gritos tua

voz ausente esvaziou

se em

mim

e como nada me dizia coisa

alguma teu

sorriso recriou se em

mim tua

poesia perdeu

se

na

minha

Adair Carvalhais Júnior

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