3/30/2008

ruína


suportar a dor

que vai e nunca

desaparece as madrugadas



intermináveis o

silêncio que

mutila


sustentar os sonhos

esfarrapados sobre todas

impotências as distâncias


incaminháveis os horizontes

opacos nada

do outro lado



sobretudo dizer

o poema


até a morte

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