12/24/2008

Diandra

Diandra possuía o par de seios mais belo da cidade.
Poetas já os haviam imortalizado, cantores já os haviam infinitamente cantado e tantos pretendentes se extenuado ante a tênue possibilidade de seu deleite.
Sob a camisa clara de algodão fino os poemas os faziam luminosos como galáxias incandescidas e as canções tateavam as curvaturas indescritíveis de seu desenho e a cor rosada de seus mamilos.
Desesperados os amantes desejavam a sombra de seu inesgotável prazer e se amarravam às árvores centenárias da praça para não sucumbir à sua vertigem.
No entanto, nunca ninguém havia visto o par de seios mais belo que existia.



Adair Carvalhais Júnior
(do livro "As mulheres invisíveis". Favor não divulgar)

13 comentários:

Amélia disse...

Não divulgarei.Mas há qunto tempo não lia ums destas tuas «mulheres invisíveis»! E sempre gostei de as ler. Bo Natal e ano novo melhor, amigo!

Fred Matos disse...

Faz já muitos anos este seu projeto, Adair. Quando saí afinal este livro?
Feliz Natal, pra você, pra família e todos os que você ama.
Abração

Mariana Botelho disse...

Lindo. Gosto muito das "mulheres invisíveis"

Adair Carvalhais Júnior disse...

Pois é, Amélia. Elas estão de volta.

Muita poesia e saúde para você.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Tem razão, Fred: faz muito tempo. Mas acho que este ano, qyer dizer, em 2009, ele sai.

Grande abraço

Adair Carvalhais Júnior disse...

Bom que você gosta, Nana.
Quem sabe elas se tornam livro agora ?

Branca disse...

Conhecendo seu espaço...gosto muito de poesias.
Que 2009 lhe traga muitas realizações!
Branca.

Mariana Botelho disse...

estou esperando que se tornem, poeta.

Jorge dos Santos disse...

gostei do texto, achei delicado e direto.

Dê uma olhada nas coisas que fiz em Enguia Cega.

Bom ano novo

http://www.enguiacega.blogspot.com/

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado pela visita, Branca.
Dia desses passo pelo seu espaço.

um abraço

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado EnguiaCega.
Vou lá sim.

um abraço

Ariane Rodrigues disse...

Será que só se imortaliza o que não está vivo? Os seios mais lindos e desejados, os mais cantados, que nunca ninguém tinha visto? Às vezes sonhamos com o invisível e também com o intangível. Contrariamente, não seriam sonhos...Abraço.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Sonhamos apenas o que não temos, claro. Mas acho que imortalizamos também muito do que ainda está vivo em nós.

Abraço para vc, Ariane.