5/20/2011

roça



saber que o horizonte
não tem fim
e continua se abrindo
através dos silêncios

e as árvores permanecem
protegendo os segredos
que se espalham
horizonte afora

perceber que a terra
viceja sob mãos ásperas

e se desvenda devagar
para as águas mais fundas

constroem se raízes
que se entrelaçam lentamente
para sustentar cada manhã
                           
e nutrir os dias
em silêncio


Adair Carvalhais Júnior

4 comentários:

Doutor Sujeira disse...

Olá, desculpe comentar fora de lugar, mas sobre seu artigo no boletim ufmg eu achei muito interessante o texto e, inclusive, relacionei a outro que publiquei há 2 anos atras http://www.ufmg.br/boletim/bol1616/2.shtml

Parabéns pelo texto e pelas belas poesias também.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado meu caro.

na vinha do verso disse...

a natureza é tão bela
que nos silencia
para que fale a poesia

Adair Carvalhais Júnior disse...

A poesia está sempre falando, né ?