6/18/2011

passagens


todos os dias ouvíamos
o mato crescer
sob nossas janelas

e do lado de longe
o brando rumorejar
das árvores

começo do caminho

acercávamos dos segredos
turvos espalhados pelos
silêncios
                  
corpos tateando a memória
das tardes

atracávamos sonhos
nas brechas luminosas
dos nossos desencontros

atalhos cambiantes

haverá sempre um rio
desbravando vãos insondáveis
no caminho do mar





 Adair Carvalhais Júnior

4 comentários:

Breve Leonardo disse...

[linha traçada, fronteira interior em desalinho, caminho traçado]

um imenso abraço,

LB

na vinha do verso disse...

belo poema ciliar
mareado
de quem que sabe o caminho

abs, Adair

Adair Carvalhais Júnior disse...

caminhos tortos, mas sempre caminhos.

Obrigado pela visita e pelo comentário, Leonardo.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obriagdo Pizano.

Gde abraço