onde deságua o rio
prá breve confrontar
o mar
entre galhos e raízes
onde se desencontra
o trem e despenca
na curva alta
confundido no horizonte
onde abrem se janelas
e portas
pés descalços misturando se
na areia memória
vespertina da lua
rasgando a montanha
laranja
Poema e foto: Adair Carvalhais Júnior
10 comentários:
Lindo esse poema: memória, origem, temporalidade...!
De fato: não há matéria mais presente em nossa composição. Não poderia só dizer que ele me emociona; acho que seria mais certo dizer que ele é um encontro com minha própria emoção. Vou gardá-lo sempre perto.
Ju.
Um encontro com a minha emoção também, Júlia.
Foi pensando assim que ele foi feito, Dília.
Fico feliz que tenha gostado.
O Barro é minha matéria prima..
o que eu uso: terra, fogo, água, ar..
e amor..
minha arte é extensão de mim..
sou ceramista e venho te seguindo do Tertulia.
Bj
Ma Ferreira
O barro é A matéria-prima.
Obrigado Ma, pela visita e pelo comentário
guardo uma memória esturricada
de montes pelados
torrões ressecados
cortados por córregos minguados
um barro impregnado na pele
que reencontro sempre que leio seus poemas
abs Adair
Fico feliz que assim seja, meu caro.
Obrigado pela visita e pelo comentário gentil.
Barro, origem e fim.
Apenas vida, Ana Cláudia.
Obrigado pela visita e pelo comentário.
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