8/09/2016

rumo


por onde andam rios
margens após margens
contornos de leitos e barcos
demandando matas
por onde andam árvores
vales seguindo vales
memórias de montanhas e nuvens
buscando rios
por onde andam estradas
curvas depois de curvas caminhos
de terra e pedras
moldando horizontes
os homens estreitos
e seus cachorros magros
cercados de desejos insones vagam
irremediáveis
sem compreender nada


Poema e foto: Adair Carvalhais Jr

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