ainda a mesma
janela o mesmo rio que não
leva pro mar o
mesmo limoeiro arrancado as nuas
imensidões da adolescência os
vales ainda
espraiando-se
a mesma estrada
esburacada a mãe sozinha o
pai sempre fora os
mesmos sonhos
infantis o lote vazio ainda o
vazio espraian
do-se
Adair Carvalhais Júnior
3 comentários:
Oi Adair, gostei do seu blogue.
Esse poema, belíssimo, eu já havia lido no multiply.
besitos
Que bom que veio me visitar, Sandra.
bjos
Adair
E eu li no buteco. E perguntei-me que rio era este, e para onde te levava, este rio que anseia o mar desde o poema I de Biografia.
Na memória - se não na realidade -a paisagem da infância, das origens, mantém-se, até o limoeiro entretanto arrancado. Mantém-se, em suas plenitudes e vazios.
Beijo
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