9/23/2005

raízes

sou este corpo
doente di
lapidado que se
mistura a tantos
estrondos inexplicáveis o

silêncio que se
esconde em cada
palavra

esta pele
esburacada que insiste em
iluminar as
dores que me
saturam os

caminhos
brandos que descortinam cada
sorriso

há alma nestas canções
abandonadas chama nestes
sóis congelados vida

nestas manhãs
esfarrapadas sentido neste
vazio sempre menos

repartido


Adair Carvalhais Júnior

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