desatam se dias frágeis perdem
se entre uma e outra
palavra as mesmas
dores cotidianas perdas
intangíveis
as mãos ainda mais
ressequidas vertem versos
desamparados e
fantasias
indeléveis
nuvens formam a todo
momento árvores e
pedras nas
minhas janelas
Adair Carvalhais Júnior
2 comentários:
e eu ainda estou aqui
(ou algo mais impreciso do que isso)
lendo
sorvendo
cada gota de suas letras
e demoro-me porque demorado é melhor
(como quintana
não tenho tempo de ser breve)
e vou lá no fundo
para respirar
e torno à superfície
e fico metade pra lá do precipício
e seu poema me palavra de um jeito
que deixa minhas lascas pelo espaço...
a isso eu chamo órbita de palavras...
e eu ainda estou aqui
ou algo mais impreciso do que isso...
Uma presença enriquecedora, Pavrita.
Muitíssimo obrigado.
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