9/12/2008

biografia XXXIII- maduro


o frio das manhãs

abandonadas nas

mãos a pele ainda

manchada no


corpo o gosto das

noites mal

dormidas algumas


desilusões


as pernas

cansadas o peito

cheio de

descaminhos na


fronte quase

sempre um

vastíssimo


horizonte


e um brilho

perene preso aos

olhos


Adair Carvalhais Júnior

4 comentários:

soledade disse...

É excelente! Adorei o final, esse movimento ascendente. "maduro"... Sim, deve ser-se assim!
Beijo

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado Sol.
Vc já fazia muita falta por aqui.

bjs

Bee-a disse...

num disse que o final era belo?
até a soledade reparou...
=P

Adair Carvalhais Júnior disse...

Mal sabe ela...