10/08/2008

irmandade


Sou homem: duro pouco

e é enorme a noite.

Mas olho para cima:

as estrelas escrevem.

Sem entender compreendo:

Também sou escritura

e neste mesmo instante

alguém me soletra.


Octávio Paz





um inominável

vazio ninguém nem

mesmo

estrelas


em silêncio meu

corpo ruge debate se nele

próprio nenhum

alívio


encalço minha

solidão na

extensão dos dias nada me

alcança


noite vasta em

algum lugar alguém

me

escancara



Adair Carvalhais Júnior

8 comentários:

Adrianna Coelho disse...



tão vasta quanto a solidão
ou quanto a noite...

as estrelas
em suas letras
escancaram sua poesia...

linda!

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado poeta.
Pela visita e pelos versos.

Cosmunicando disse...

Adair, vim no rastro da Pavitra e da Mariana... você escreve lindamente.
E a formatação desses versos também ficou demais!

Fred Matos disse...

as escancaras que encontras
onde outros portas lacradas
na vastidão de dias e noites
são como palavras cadentes
nos poemas teias complexas
nas solidões habitadas.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Meu amigo Fred fszendo poema a partir do "irmandade"
Uma honra, como sabes.

gde abraço

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado Padmaya.
Vou fazer uam visita no seu blog agorinha.
Fico feliz que tenha gostado.

Mariana Botelho disse...

repetidamente: ficou lindo.

Adair Carvalhais Júnior disse...

;-))