10/02/2008

rendição

o silêncio tange o
sino de tão
leve ninguém
escuta

Nana Botelho




minha garganta
árida buscava o
silêncio abismal da
tarde os sinos

mergulhados
inteiramente
neles
mesmos

feito chuva fina tua
voz percorreu minhas
ruínas meus
angustiados escombros

teu olhar roçando a
noite luziu sobre
os telhados açoitou minha
aurora

para sempre todos
meus dias saberão a
teu
hálito




Adair Carvalhais Júnior

6 comentários:

Mariana Botelho disse...

pra variar, muito belo.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado Nana.
Sempre bom ver vc por aqui.

Adrianna Coelho disse...


lindíssimo!

um olhar de noites
uma brisa na fala
e pelo tato
o tremor da palavra...

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado pela visita Pavrita.

Bee-a disse...

ficou muito lindo esse poema.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Bom que gostou Bi.

bj