12/29/2008

todas palavras

para Manuel Antonio Pina


não acredite nas que estiveram tão
perto feito uma
respiração nas que
desistiram nem


nas que jamais foram
ditas por
mim ou por
você nas que


se perderam


não acredite nas que me
lembro que roçaram em
vão a
memória que se


tornaram
desejo que fizeram
nascer e morrer a
manhã


depois do poema persiste
só o
silêncio


Adair Carvalhais Júnior

3 comentários:

Adrianna Coelho disse...


depois do poema, o silêncio é branco...

lindo, adair!

Adrianna Coelho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adair Carvalhais Júnior disse...

O silêncio é o poema, Pavitra.