acolher as canções de
uma vida
inteira nas
paredes herança
silenciosa do
tempo memória
cintilante espraiando se
nas ondas na
beira do
rio
um par de sapatos
um galinheiro tomado
de formigas
os homens se re
constroem em seus
alicerces
Adair Carvalhais Jr.
(Foto em http://www.xmission.com/~dderhak/monte/casas.gif)
4 comentários:
Gosto da 'casa' e seu valor imagético. "Como Deus a casa que o homem faz para morar", diz Adélia Prado no poema 'Domus', em Oráculos de Maio. Acredito, sim!, nos reconstruímos na casa e nela projetamos o ventre materno, porque ali somente houve a maior proteção. Gostei desta casa!
Obrigado Maykson.
A casa é,realmente, onde o ser do homem se re-faz.
"acolher as canções de
uma vida
inteira nas
paredes"
algumas vezes, o final de um poema é arrebatador... o seu trouxe a beleza logo nas primeiras linhas, beleza que se estampam em meus olhos e sentimentos.
lindo, adair!
Há muito queria escrever um poema mais ou menos assim. E adoro paredes... Tlvz por isso elas apareceram logo no início.
Obrigado pela sua visita, Adriana.
E por ter gostado da minha "casa"
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