7/31/2009

mudo

a que solidão altíssima
me entregas
quando te deixas morrer assim
no abraço faminto
do tempo?

Abbas Kiarostami



jamais me
encontro quando te
procuro um

remoto
acorde em

torno de
nada meus
caminhos

retorcidos

atordoado meu
corpo penetra tantos
vazios tua

lembrança lançada nas
sombras em

torno das
horas dias
intermináveis desde


que

partiste

2 comentários:

Mari Amorim disse...

Maravilhoso!
Fiquei muda.
Boas energias
Mari

Adair Carvalhais Júnior disse...

rs !
Obrigado Mari: pelo leitura e pela presença constante e "energética".