espiar atrás da cerca
através da manhã
encantar se com o fulgor
das nuvens
roçar os dedos na água
da chuva descansar
sobre as serras
ouvir o murmúrio das estrelas
as feições da lagoa
cobrir se com a sombra
da noite
adormecer no avarandado dos
olhos conversar
com borboletas
só as crianças sabem
silenciar como as palavras
Adair Carvalhais Júnior
8 comentários:
Delicado como pouso de borboleta.
Adorei!
Beijo.
Gostei da comparação.
Obrigado.
um beijo
esses dias vi que tenho guardado vários poemas de adair carvalhais júnior, um livro, de uma época em que eu vasculhava poesias pela rede.
li li li enfeitiçada.
parabéns, é dom demais.
OLha, achei uma das poucas leitoras de meu livro !
Obrigado Natália. Espero que continue gostando do que ando escrevendo.
um abraço
Adair,
é como fechar os olhos e sentir a alma flutuando em um dia de primavera!
Achou outra leitora.
Boas energias,sempre
Mari
Obrigado Mari. O poema era para isso mesmo.
Sei que tenho o privilégio de tê-la como leitora constante. No caso da Natália é que ela conhece meu livro.
gde beijo
Olá. Não sou a "Natália" leitora de seu livro, mas certamente mais uma nathália admiradora. Gostei de sua simplicidade, que não tem a pretensão de "não ser doce demais" é, e é descaradamente sutil. Parabéns pela boa ousadia.
que rara coincidência, Nathália.
E que privilégio poder participar dela.
Muito obrigado pela sua visita. E pelo comentário certeiro.
Continuarei tentando ousar.
Postar um comentário