de longe me vinham os
sons
das terras que
dormiam
acalentando frutos
e madrugadas
e do afago dos ventos
que rodeavam as noites
penetravam as frestas
e escorriam sobre os sonhos
das águas ribanceiras
dos pastos profundos
da poeira
de longe me vinha a brasa
que se atracava às paredes
rolava pelo chão revolvia
os lamentos abandonados
no eterno fulgor dos silêncios
das ruas descalças
do braço
de rio
Adair Carvalhais Júnior
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