há versos que crescem
vigorosos no solo fértil
do silêncio
com eles constroem
se muros pontes sobre
eles saltam telhados erguem se
moradas
versos escuros que se
espalham espessos
sobre as horas
incertas depositam
se na bruma
acre com eles
penetram se noites ferem
se ausências
versos ferozes que
se rebelam enfrentam
barragens carregam
pedras açoitam as
margens com eles ignoram se
esperas rompem se
fronteiras
mas os versos não são
noites nem árvores tampouco
corredeiras
os versos são inúteis
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