meu pai ensinou as profundidades
dos rios suas altas
margens
minha mãe o nome da
solidão seu cheiro
entranhado no corpo
a lonjura das estradas
poeirentas um mundo
de ausências
as âncoras e os modos
de se entrelaçarem as
mãos ainda
procuro
Adair Carvalhais Júnior
2 comentários:
A forma como descreve/sente a sua orfandade, de pai e mãe, chegou a doer, aqui!
Bj
Acho que meus pais eram órfãos deles mesmos. Nós, os filhos, tínhamos pai e mãe. Eles faltavam a eles mesmos,
Beth.
Obrigado pela leitura e pelo comentário.
Beijo
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