ainda estamos com as mãos
molhadas do suor
dos explorados
nossos braços continuam
inchados de carregar crianças
descarnadas
casas esburacadas ruas
lamacentas olhos
presos ao
chão
a súplica das árvores
arrancadas ainda atropela
nossos ouvidos o fedor
das águas
apodrecidas continua
nos entorpecendo
o dia não conhece
silêncio a noite
não liberta nossa
reles
humanidade
Adair Carvalhais Júniior
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