na canoa
a palidez inunda a proa
– na canoa debruçada
o que bebo do rio
não é a lua
sorvo o reflexo
da distância
(e tu, que sorves
no corpo da amada?)
escoando o barco
eu meço o peito vazio
a rima soa
sugerindo
mundos
na embriaguez da noite nua
(e tu, que surges
nos lábios de minha ânsia?)
desmaia a tez da lua louca
– é o líquido luar
que me amanhece
desfio a alma
no destino
da canoa
(e tu, que luas
derramaste em minha boca?)
Lilia Silvestre Chaves
15 comentários:
A subtileza. E o embalo, a música doce da Lilia.
É lindo, não ?
É sempre bom encontrar aqui os amigos.
Bonito sim!...os Declives também!
Obrigado Neysi,
volte mais vezes aqui.
Lindo o poema.
Beijo, eu
Lilia sempre deixa a gente sem palavras, né ?
Obrigado pela visita.
Bjao
EU
Oi, Adair,
espero que esteja bem e Alice também.
Escrevo para dizer que só agora recebi um sinal do fabrício, do SLMG.
Portanto, nao se desespere em relação a publicações em jornais.
Demora mesmo.
Força e fé, sempre.
beijos
o poema é de uma delicadeza de cristal, como são a maioria dos poemas da lília...
beijos,
silvia
como é, digo. perdoem-me o erro de concordância. :/
silvia
Obrigado, Marília.
Estas coisas dependem muito de QI...
Obrigdo, Eugenia/Silvia pela visita.
bjos
Gosto muito da poesia da Lília, muito pela melodia, muito pela,como diz a Sol,subtileza,ambas portadoras de sentido.
Eu tb, Amélia. Pena que ela apareça tão pouco, né ?
Bjo e obrigado pela visita.
Lilia, parabéns por haver proporcionado a oportunidade de embarcar nesse poema-canoa e remar rios de fantasia.
Lilia, voltei para embarcar novamente nessa canoa.
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