1/19/2009

cativo

entre as frestas da
noite escorre o
dia silencioso na
tempestade
torpe


verte lenta
luz nas
fendas tomba sobre
rochas
aterrorizadas


na tarde
desvairada irrompe o
corpo
irremediável


perco me inteiramente nos
nossos
confins


Adair Carvalhais Júnior

4 comentários:

Mariana Botelho disse...

belíssimo, poeta.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Sempre é bom saber que vc gosta.

Adrianna Coelho disse...


perco me inteiramente nos
nossos
confins


como alguém consegue ser tão intenso?
é por isso que adoro ler vc (e seu livro!) :)

Adair Carvalhais Júnior disse...

Não saberia fazer poesia se não fosse dessa forma, Adriana.

E fico muito lisonjeado com seu comentário (também gosto de ler você)