1/24/2009

monólogo

por quais desvãos você
escapou que
madrugadas levaram seus
olhos pra
longe


que chuvas inundaram
seu
solo em quais
janelas você
se esqueceu


por que frestas seus
desejos esgotaram
se onde
você se
abandonou


em que dia
sossegado perdi
você




Adair Carvalhais Júnior

10 comentários:

Mariana Botelho disse...

muito lindo, poeta.

Me lembrou uns versos daquele moça minha xará, Mariana Ianelli:

"Se tu somes
e te deixas morrer pelos cantos
na lassidão dos mendigos
se tu te entregas ao tempo
te dissolves nele
se tu te negas
e te misturas
à substância da madrugada
à água fosca da sarjeta
se tu somes, de repente,
eu vou saber."

Mari Amorim disse...

Que lindo!

Aplausos!!!
abraços

Mari

Adair Carvalhais Júnior disse...

Os versos são muito bonitos.
E se meu poema te lembrou deles... fico ainda mais contente.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado Mari.

Volte aqui sempre.

joeldo disse...

Adair

Belíssimo poema.
É sempre bom demais te ler.

Lembrando que tem um meme para você lá no blog.

Abraços
Joeldo

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado Joeldo.
Apareça sempre.

Ana Peluso disse...

Querido Adair, muito bonito esse poema! "Estive" aqui outro dia, mas não consegui comentar.
bjs

Adair Carvalhais Júnior disse...

É bom ver voc~e por aqui, Ana.

Vamos nos "visitar" mais vezes.

bj

Adrianna Coelho disse...


adair, tbm gostei muito desse poema e nele percebi tbm a força que um título tem...

achei bom demais!

Adair Carvalhais Júnior disse...

É isso Adriana. Os títulos JÁ são os poemas, né ?

Bom demais te ver por aqui.

bj