9/07/2010

náufrago

e eu repouso justa nos declives
do meu destino pelo menos nesta hora
que me separa da infame aurora.

Alda Merini


o que se depositou no
fundo dos
dias um rumor


incansável arrastou se penhasco
abaixo montes


de detritos o que
restou nas sombras das tardes ruiu

na poeira

uma aurora inatingível


Adair Carvalhais Júnior

8 comentários:

Amélia disse...

Já comentyei nas listas em que nos conhecemos...Abraço

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado amiga.

Anônimo disse...

Uau! Ruínas na poesia se aproveita, as cinzas no seu escrito já viraram fênix.

Beijo.

dade amorim disse...

Adair, esses dois últimos poemas são de arrepiar.
Beijo.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Sim, Lara. A poesia sobrevive, mesmo às cinzas.

Obrigado pelo comentário.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Que bom que gostou, Adelaide.
Fico mto contente.

Mari Amorim disse...

Que aconchego pra alma!

Que Deus te abençoe com bençãos sem medida!
Sejas feliz neste dia e em todos os demais,saúde,e paz!
Boas energias,sempre
Mari

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado Mari.

Suas visitas sãos empre bem vindas.