3/12/2011

exílio


                                                       

                                      I

                           
         o corpo procura em si
         mesmo tudo
         que não há
         em lugar algum

         vaga espesso
         nas terras altas
         atrás dos horizontes

         verte apenas memórias
         nos débeis caminhos
         onde se perde 
        todo dia     

   

                                      II
                           

cercado de som
e fúria por todos
os lados busca o que não

escorre escasso nos veios
dos dias país inteiramente
despedaçado
        
em torno dos infinitos
horizontes nas terras
circundantes

onde jamais se
descobre

Adair Carvalhais Júnior
                           





               



6 comentários:

dade amorim disse...

Uma feliz coincidência, Adair. De certa forma, os poemas dialogam. Mas em poesia, todo mundo é parente.
Beijo pra você.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Os bons poetas são parentes.

bj e obrigado pela gentileza.

Ana Cecília disse...

Tudo é belo aqui, poeta: palavra, imagem, som. Sempre bom visitá-lo.

Romis Lima disse...

Que Exílio mais Belo!

Exílio bem mineiro...que coisa mais linda de se ler!

Adair Carvalhais Júnior disse...

Sempre gentil, Ana.

Sempre bem vinda também.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Fico feliz que vc goste, Romis.

um beijo pra vc.