I
o corpo procura em si
mesmo tudo
que não há
em lugar algum
vaga espesso
nas terras altas
atrás dos horizontes
verte apenas memórias
nos débeis caminhos
onde se perde
todo dia
II
cercado de som
e fúria por todos
os lados busca o que não
há
escorre escasso nos veios
dos dias país inteiramente
despedaçado
em torno dos infinitos
horizontes nas terras
circundantes
onde jamais se
descobre
Adair Carvalhais Júnior
6 comentários:
Uma feliz coincidência, Adair. De certa forma, os poemas dialogam. Mas em poesia, todo mundo é parente.
Beijo pra você.
Os bons poetas são parentes.
bj e obrigado pela gentileza.
Tudo é belo aqui, poeta: palavra, imagem, som. Sempre bom visitá-lo.
Que Exílio mais Belo!
Exílio bem mineiro...que coisa mais linda de se ler!
Sempre gentil, Ana.
Sempre bem vinda também.
Fico feliz que vc goste, Romis.
um beijo pra vc.
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