5/14/2011

cru





o que sabe o corpo
perdido nas dores
puídas da madrugada

o macerado dos dias
a violência das horas

o que se esconde
dentre os dedos o destino
oblíquo do corpo

arder na sombra da noite
saltar no vão dos olhos

roto
nas lâminas manchadas                   
da pele


Adair Carvalhais Júnior

9 comentários:

na vinha do verso disse...

que tamanha crueza!
que maravilha de poema!

muito bom mesmo

abs, Adair

Adair Carvalhais Júnior disse...

Cru como deve ser, né ?

Fico feliz que tneha gostado, Pizano.

grde abraço

Anônimo disse...

Belíssimo, meu caro!

Beijo.

Amélia disse...

Excelente, amigo!

Adair Carvalhais Júnior disse...

Depois de uma seca, saiu este aí: bem cru, como as voltas sempre são.

Fico feliz que tneha gostado, Lara.

bj

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado, Amélia. Já estava com saudades de você por aqui.

Nálu Nogueira disse...

lindo. perfeito, em si. inteiro você, seu estilo. amei!

Adair Carvalhais Júnior disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adair Carvalhais Júnior disse...

Este poema diz muito de mim e da minha forma de escrever.

Fico muito feliz que tenha gostado.

Bjão para você.