no fundo mais
árido do mundo onde nada
cresce no canto prá sempre
esquecido silenciam
os dias inumeráveis
as noites indiferentes
entre quatro paredes
finas acalento a lua
pálida de mato ressecado cubro
saudades insignificantes
sob o telhado escurecido
de cinzas o sol ralo aquece velhas
melancolias ressuscita o inominado
passado
os dias inumeráveis
as noites indiferentes
Adair Carvalhais Júnior
8 comentários:
Fazia tempo que não vinha por aqui...gostei muito dos poemas que li de seus últimos posts.
Abração e bom carnaval...
Venha nos visitar: www.pedradosertao.blogspot.com.br
Fazia tempo que eu não escrevia também.
Agora pretendo voltar a escrever e postar regularmente.
Obrigado pela visita.
abraços
do silêncio, ressoa poesia...
Abs,
A poesia talvez seja silêncio, Anna.
Obrigado pela visita e pelo comentário
um abraço e volte sempre
Que belo poema! Que nos dói - como tudo o que cintila, no irremediável da memória; e que nos deslumbra.
«Tudo o que é belo é também um pouco triste». É isso.
Um beijo, meu amigo.
Estas cintilâncias têm me doído cada vez mais. Daí os poemas saindo assim...
beijo, amiga.
E obrigado pelo comentário.
Belíssimo, Adair. Muito sentido e sentindo. Também não tenho andado por aqui, acumulando das tais "cintilâncias", mas também pretendo regressar à leitura dos blogues do meu contentamento.
Um abraço.
Obrigado Fernanda.
Aos poucos a poesia vai retornando aos seus veios normais.
abraços
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