no silêncio claro cortado
apenas pelas coisas
domésticas a chaleira o moedor
de café o rádio mal
sintonizado
o dia se estendendo
do pé das árvores ao cintilar
das montanhas o vento empurrando
a neblina fria
a rede trançada balançando
a moça amada o cão
estirado à porta
as brasas enrubescidas
no fogão a lenha as roupas
coloridas no varal
nas horas suspensas somente
o vôo dos pássaros habita
o horizonte
2 comentários:
Lindo poema , gosto da paz imediata que já nos primeiros versos dita o tom do poema.
Um beijo, Feio.
Sempre muito bom te ler!
Pois é, minha amiga, o silêncio é o encontro da renúncia. Sem ele, nada feito.
beijo prá você.
E obrigado por estar me lendo por aqui.
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