o velho fusca levava
estradas e estradas afora o odor
branco das flores
do limoeiro
ia e vinha a poeira
dos dias cansados
o rio velho levava
encostas e encostas afora
as folhas leves
das castanheiras
a sombra verde
das castanheiras
as árvores velhas
levavam os sonhos
ventos e ventos
afora
as estradas poeirentas
onde meus irmãos viajavam
no quintal da casa
a velha montanha
contava histórias
do mundo inteiro
4 comentários:
Lindo...bela definição.
Adorei!
Oi Luci,
que bom ver você por aqui !
Fico feliz que tenha gostado.
Muito obrigado.
Como sempre, quando leio seus poemas, minha sensação é de ternura e regresso aos tempos de criança, bem pequena.
Da janela da nossa cozinha, bem ali, numa cidadezinha perto da Serra da Mantiqueira, víamos as montanhas.
E sem dúvida, para mim e meus cinco cinco irmãos " a velha montanha conta histórias do mundo inteiro", até hoje!...
Pois é na Mantiqueira, Beth, que tenho tido a oportunidade de reencontrar os rios, as árvores e as montanhas da minha infância.
E assim posso fazê-los voltar através dos poemas.
Fico feliz que meus poemas te proporcionem estes sentimentos.
Um beijo
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