entranhar os pés na 
terra irradiar
raízes saber se 
árvore fundo
e lentamente
feito rochas 
sábias permitir se 
alicerces erguer
brandas
passagens 
como águas 
remotas brotar nas 
rugas do solo insinuar se
orvalho nas casas nas  
sombras nos
descampados
Adair Carvalhais Júnior
4 comentários:
Lindo...simplemente poético!
Abraço do Pedra
www.pedradosertao.blogspot.com.br
Este é um poema antigo, de que cada vez gosto mais.
Obrigado pela visita e pelo comentário, Pedra.
Abraços
Lindo poema, linda imagem da maturidade.
Mas essa serenidade, essa aceitação, essa beleza da velhice, eu não estou certa, ainda, se são coisas reais ou se são características impostas pela ficção, para nos fazer acreditar que alguma vantagem há de existir no processo de morrer.
Porque, no fim, envelhecer é isso: ver-se morrendo, todo dia um pouco.
Sim, envelhecer é justamente isto. Eu poderia dizer, também, que viver é isso: morrer todo dia um pouco. Desta forma aceitar a vida como ela é inclui aceitar a morte como decorrência natural da vida.
Não seria ficção justamente o contrário: não aceitar a morte ?
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