10/28/2015

cerrado


o remoer escuro
da noite povoa este
silêncio indiferente

o rumor das ondas
aproxima o mar deste
vazio

sombras caladas infiltram se
pelas grandes janelas
fechadas

impassível o corpo
assiste espalharem se
as dores

um homem desce
a rua olha o tempo
todo pra
baixo

houvesse algo a
encontrar talvez
olhasse em

mim


Adair Carvalhais Júnior

2 comentários:

Luci Elaine Andreatti disse...

Seus poemas são lindos...
Adorei este.

Boa semana!

Adair Carvalhais Júnior disse...

Mas que bom isto, Luci. Fico feliz com o elogio.

Boa semana para você também.