Por tantas
vezes o portão esteve aberto. E ainda está. Pois hoje cedo foi por ele que vi o
sol nascer. Sim, lá mesmo onde semeamos girassóis. Onde permitimos que nossos
silêncios nos salvassem.
Ainda carrego
nos lábios meu melhor perfume. E meus olhos anseiam – ainda mais – participar
de teu sorriso.
Venha. Pois
este portão permitirá apenas tua passagem.
Os lençóis
brancos continuam macios. E ainda que nossas vozes tanto se encontrem, um vasto
lugar nesta cama clama teu calor.
Vem. Pois este
portão foi aberto somente para ti.
Sim, aqueles
vinhos de Espanha permanecem frescos. E sempre ecoam teu nome, no rumo
indecifrável das manhãs.
Venha. Pois
depois que este portão se abriu, nada poderá fechá-lo.
E eu não
deixarei de te esperar. Jamais.
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