3/09/2005

estrelas

tenho todas as noites em meu
corpo desde que foste
embora e nelas não
brilha sequer
uma
estrela.

meus olhos trocaram a luz
de teu
sorriso pela sombria
vertigem de meus
sonhos.

minhas mãos arderam em
intermináveis
vazios minha
pele manchou-se inteira de tua
saudade

exaurido arrastei-me entre as
noites e
os
dias dentro

de mim tenho
todas
as noites e nelas nada
brilha.



Adair Carvalhais Júnior

5 comentários:

hfm disse...

Um poético grito cheio de ritmo e beleza!

soledade disse...
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soledade disse...

Brilha, sim: o tal picotado de estrelas em veludo negro, de que lhe falei no Multiply. É um poema soberbo. E agudo, como poucos.
Beijo
Sol

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado Helena. Fico feliz que tenha gostado.

A ti também, Sol, agradeço os comentários sempre atentos e sensíveis.

beijos

Adair

Anônimo disse...

sem pontos, traduz a escuridão desse dia especialmente negro...

beijo Feio...