8/13/2008

silêncio



poucas luzes pequenas

palavras sons quase

inaudíveis


uma chuva fina na janela


pernas trespassadas por

pernas o ardido do vinho bocas

desgovernadas


vertigens de prazer descerradas dos olhos


corpo dentro de corpo línguas

avermelhadas soltas

pela casa


as paredes desfazendo se nas mãos



noite vagarosa cobrindo a janela


pequenas luzes poucas

palavras


Adair Carvalhais Júnior

3 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

imagens polissêmicas...

Amélia disse...

Belíssimo poema, que já cpmentei noutro espaço.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado amigos.

A visita de vocês me honra. Sempre.