noturno
mas
os versos perfuram
a
noite escavam penetram
onde
nem mesmo a dor
consegue
habitar
feito
entranhas dum peixe
cru
é
imensa a bruma
que
cobre as horas
e se
adensa sobre
as
paredes
a
poesia se refugia
por
trás dos raios
remotos
que entram
um a
um
o
corpo
embrutecido
vaga
na
esperança dum naufrágio
indolor
Poema e foto de
Adair Carvalhais Júnior
6 comentários:
Lindo!
Que bom te ver por aqui, moça.
E que bom que gostou.
bj pra vc
lindo mesmo... condensou esse sentimento da dor indolor que só a poesia sabe dizer, porque deve ser feito de pura poesia mesmo, feito a água e a bruma... uma surpresa feliz conhecer a sua poesia!
Um Noturno lindo!
"é imensa a bruma
que cobre as horas
e se adensa sobre
as paredes"
Perfeito!
Ora Romis, assim vc me deixa meio besta.
um beijo prá vc
Pois é, Julia, só a poesia pode dizer algumas coisas.
Fico feliz que você tenha chegado aqui. E que tenha gostado. Fique à vontade para voltar e.. voltar. rs
Obrigado.
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